quinta-feira, 5 de julho de 2007

Ad Corpus

O tempo passou
A chuva lava os meus medos
O fogo chegou
Não queima os teus dedos
O sino tocou
Sibila segredos...

As minhas asas são douradas
Não deixo pegadas

Subindo o poço sem fundo
Água negra corre para a luz
Decomposta nas cores do mundo
É bela – Ad corpus

A folha caiu
Beija a minha pele
A flor abriu
Coroa-te de mel
A cruz ruiu
Não há paraíso celeste nem inferno cruel...

As minhas asas são douradas
Não deixo pegadas

Subindo o poço sem fundo
Água negra corre para a luz
Decomposta nas cores do mundo
É bela – Ad corpus

26/08/06

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