segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Insaciável

Pedaços de vidas rendidas, mordidas, inofensivas
Jornadas complexas de fastidiosas corridas
Sob os segredos da pele

Olhares singulares jogam espaços vazios
Pintam-nos (sintam-nos!), apagam-nos (afaguem-nos!)
Teias de mistério em resmas de papel

Sucumbo à fragilidade imaculada dessa cara fugidia
Escrava da mente diferente que vê e que cria
Anseio sofregamente esse fel

Nasci curiosa para absorver vicissitudes
Nelas me encontro e (em mim) desmonto
Peças restituídas de fugazes virtudes

Destapar o que há de mais fascinante aviva
A minha alma deselegante e desabrida:

Insaciável.

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