segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Anjos de negro

Permito-me dois segundos
Tu e eu
Reflexos de nós mesmos
Perdidos num beijo
Canibal
Sonho profético
Desejo
Poético
Carnaval
De diabruras
Apetitosas conjunturas
Abarcam o real

Ardendo
Em chamas diligentes
Camas sorridentes
Vivas
Pela mão amiga
Cega e destrutiva
Da raiva
Suada de nós

Preciso de ti
Não te tolero
Amo-te
Já não te quero
Fizeste de mim
Um sem fim
De contradições
Desconhecidas
Sofridas
Comodistas
Fora de moda

Varrida
De vidros partidos
Espaço para o potencial
Tempo roubado
Sublimado
Por baixo das cinzas
Tingidas de brilho
Besuntamos às mãos cheias
Volúpia
Braços e pernas
Ventre
Adoráveis anjos de negro
Sem medo
E não meros reflexos
Inexperientes

Capazes de voar

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