Nos últimos cinco minutos, a Assembleia era percorrida por um burburinho nervoso. O líder, o homem da palavra, o Pai, ia iniciar o seu discurso.
E ele dizia:
«Não ao imperialismo, não às armas de fogo, não ao aquecimento global, não ao aborto!»
E a resposta imediata: «YEAH!»
«Sim à liberdade de expressão, à informação fundamentada, à exploração espacial e à intervenção genética!»
«YEAH!»
«Não às prisões, aos bordéis, à repressão, ao terrorismo!»
Suado, o público gritava: «YEAH!»
«Toquem-se, sintam-se, pintem as ruas, subam paredes, cantem, troquem de máscaras, choquem o mundo, não durmam, não morram, irmãos!»
Atropelavam-se, beijavam-lhe os pés: «YEAH!»
«Gays e lésbicas, deficientes, pretos, muçulmanos, ensinem-me algo!» Uma veia no pescoço. «Estou farto de palavras, é agora ou nunca, SEJAM»
«YEAH!»
«Arte»
«YEAH!»
«Mundo Novo»
«YEAH!»
«NO!»
«YEAH!»
«Vocês ouvem alguma porra do que eu estou aqui a dizer?»
«YEAH!»
sábado, 27 de outubro de 2007
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